A reciclagem de garrafas PET e a sua transformação em tecido têm três fases. A primeira é quando as garrafas e outras embalagens usadas são recolhidas pelos catadores, lavadas e separadas por cores. Nesta fase, são retirados a tampa e o rótulo e a embalagem passa por um processo de secagem. Então o PET é moído, reduzido a pedaços pequenos.
Na segunda fase, é feita a fusão a uma temperatura de 300 graus, a filtragem e a retirada de impurezas. Na fábrica onde é feita a fibra, repete-se o processo de fusão a 300 graus e o material é passado por equipamentos que o separam em filamentos. O resultado é uma fibra cerca de 20% mais fina que o algodão.
A terceira e última fase é a da estiragem, quando a fibra é transformada em fio. As fibras feitas a partir da garrafa PET reciclada podem ser usadas sozinhas ou associadas a outro tecido, como a seda ou o algodão. Normalmente, para peças do vestuário, o poliéster é mesclado com algodão. Mas isso acontece tanto com o poliéster feito a partir de matéria prima reciclada, como o feito a partir de matéria-prima virgem. Isso porque o tecido 100% poliéster pode dificultar a transpiração.
Industria Textil SA
Noticias e Curiosidades sobre a indústria textil.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
domingo, 10 de abril de 2011
Fiação - Open End
Fiação por Rotor
A fiação por rotor, também conhecida por fiação "open-end", é talvez o método não-convencional mais bem sucedido comercialmente, sobretudo na fiação de fibras de comprimento muito curto. Fiação "open-end" é termo genérico utilizado para a produção de fios de fibras descontinuas por qualquer método no qual a ponta da fita ou mecha é aberta ou separada nas suas fibras individuais ou tufos, sendo seguidamente reconstituída no dispositivo de fiação a fim de formar o fio (ex. rotor, Polmatex, Dref, etc.).A fita (1) alimenta lentamente a máquina por intermédio de um cilindro alimentador (2), trabalhando conjuntamente com uma placa alimentadora (3) que sobre ela exerce pressão. As pontas dianteiras das fibras entram então em contato com um cilindro abridor (4), que é coberto por guarnições semelhantes a da carda, que se desloca a grande velocidade, penteando as fibras até que estas se libertem e sejam transportadas quase que individualmente. É possível fiar quando as fibras são alimentadas em pequenos grupos; no entanto, quanto maior for o número de fibras no grupo, pior será a qualidade do fio resultante.As impurezas existentes são removidas através de uma abertura (5) situada na blindagem do cilindro abridor quando as fibras são aspiradas através do tubo de transporte (6) passando pelo interior da placa frontal e saindo pelo canal de entrada (7) desta, até a parede inte¬rior do rotor (8) que se encontra em rotação. O tubo de transporte é afunilado a fim de criar uma corrente de ar aceleradora que tende a endireitar as fibras em voo. As fibras são ainda endireita¬das na entrada para o rotor uma vez que a velocidade das suas paredes é mais elevada que a do ar. A força centrífuga impele as fibras para o exterior, pressionando-as contra a superfície do rotor, onde se forma um anel constituído por muitas camadas de fibras.A fiação inicia-se com a introdução de um fio iniciador, através de um robô, ao funil de saída (9) acoplado à placa frontal (10). Uma vez que o rotor e o ar nele contido se encontram em rotação, a ponta do fio entra também em rotação e a força centrífuga impele-a contra as paredes interiores do rotor, onde entra em contato com o anel de fibras. Mal isso aconteça o fio iniciador é retirado, iniciando-se assim a produção de fio.Cada revolução do braço do fio introduz uma volta de torção no fio que se encontra no canal de saída da placa frontal. Parte desta torção retorna à superfície do rotor, através do braço de fio, que faz com que a ponta do fio iniciador fique entrelaçada com o anel de fibras, que pode então ser gradualmente "descascado" da super¬fície do rotor a fim de formar o fio. O fio assim produzido é seguidamente enrolado em forma de queijo.Uma das maiores vantagens da fiação por rotor é devida ao fato de a aplicação da torção se encontrar separada do enrola¬mento do fio, o que permite que o mecanismo torsor passe a tra-balhar a alta velocidade, enquanto que a canela (queijo) apenas necessita de girar na velocidade necessária para enrolar o fio pro¬duzido. Na fiação convencional desperdiça-se imensa energia para fazer girar a canela, o balão de fio e os mecanismos intervenientes, o que limita a velocidade do fuso e o tamanho da canela.Fluxo de produção do fio open-end- Armazém de pluma/rama/fardos;
- Linha de Abertura;
- Carda, Cardadeira ou Cardadora;
- Laminador, Passador ou Passadeira de 1ª passagem sem regulagem(opcional);
- Laminador, Passador ou Passadeira de 2ª passagem com regulagem(opcional);
- Filatório Open end;
- Vaporizadora;
- Expedição.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Indústria têxtil pede redução de impostos para competir com a China
O presidente da Câmara, Marco Maia, reuniu-se há pouco com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Agnaldo Diniz Filho. O empresário reivindicou a redução da carga tributária, afirmando que a indústria brasileira está ameaçada pelos produtos chineses.
Segundo ele, as importações brasileiras de produtos têxteis em 2010 superaram as exportações em 3,5 bilhões de dólares (cerca de R$ 5,9 bilhões). A previsão para 2011 é de um déficit de 6 bilhões de dólares (cerca de R$ 10,2 bilhões), o que representa 250 mil empregos não gerados no Brasil.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Curiosidades: Nanotecnologia
Roupas funcionais
Em um futuro próximo, quando você for escolher uma camiseta ou outra peça de roupa, ou mesmo roupas de cama, poderá não ser a grife, a cor, ou nem mesmo a estampa, o que lhe fará decidir entre um modelo e outro.
Você poderá estar interessado, por exemplo, em uma camiseta de algodão que possa monitorar seus batimentos cardíacos, sua frequência respiratória e sua pressão arterial. Ou talvez analisar as toxinas liberadas pelo seu suor.
as haverá opções. Como roupas que coletam a luz solar ou geram energia a partir do movimento do seu corpo para recarregar seu celular ou seu iPod. Que tal então uma fronha que monitore suas ondas cerebrais? Ou um lençol que o aqueça ou refrigere de acordo com a temperatura ambiente?
Algodão condutor
Estas possibilidades ainda estão no futuro, mas um futuro cada vez mais próximo, graças aotrabalho da equipe do professor Juan Hinestroza, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.
Hinestroza e seus colegas já haviam recoberto fibras sintéticas com nanopartículas, criando tecidos funcionais que podem ser utilizados para fabricar uma roupa antibacteriana que protege contra gripes, resfriados e até poluição.
Agora eles adotaram um enfoque mais naturalista, e decidiram trabalhar com fios de algodão.
O resultado são fibras naturais de algodão capazes de conduzir eletricidade tão bem quanto fios de metal da mesma espessura, sem perder a flexibilidade e a leveza que dão o conforto das roupas de algodão.
Roupa que gera energia
Segundo os pesquisadores, a tecnologia funciona tão bem que simples nós são capazes de completar um circuito elétrico funcional. Para demonstrar isto, eles produziram uma roupa de algodão feita com as fibras funcionalizadas que captura energia solar e a fornece a um dispositivo qualquer, como um recarregador de celular, por exemplo.
A roupa que gera energia será apresentada ao público pela primeira vez no próximo final de semana (13/03), durante o Cornell Design League Fashion Show, um evento promovido pela própria universidade.
Fios de algodão com nanopartículas
A tecnologia para transformar as fibras de algodão em fios elétricos consiste no seu revestimento com nanopartículas condutoras de eletricidade.
“Nós agora podemos ter seções de um tecido de algodão fabricado por técnicas convencionais que sejam condutoras, abrindo um leque impensável de aplicações,” diz Hinestroza, que chegou aos resultados por meio de uma colaboração com colegas das universidades de Bologna e Cagliari, na Itália.
Segundo o pesquisador, o tecido feito com as novas fibras de algodão, além de conduzir eletricidade, mantém sua flexibilidade, sua leveza e é igualmente confortável.
“Tecnologias anteriores já obtiveram a condutividade [em tecidos] mas as fibras resultantes tornam-se rígidas e pesadas. Nossa nova técnica deixa nossos fios totalmente adequados para o processamento normal dos tecidos, com a tecelagem, a costura ou até o bordado,” diz o pesquisador.
Roupas inteligentes
Para demonstrar que a tecnologia já superou a fase da teoria, Abbey Liebman, pesquisadora do laboratório de Hinestroza, projetou uma camiseta que utiliza células solares flexíveis que geram eletricidade, disponibilizando-a em um recarregador USB fixado na cintura da roupa.
A energia gerada é suficiente para alimentar um telefone celular ou um tocador de MP3. E não há fios metálicos conectando as células solares e nem ligando-as ao recarregador USB – somente fios de algodão desenvolvidos com a nova técnica.
“Em vez de fios convencionais, nós estamos usando nosso algodão condutor para transmitir a eletricidade, de forma que nossos fios condutores se tornam parte da roupa,” conclui Hinestroza.
utras tecnologias rumo às “roupas inteligentes” incluem nanofibras que geram energia do movimento, biossensores para monitorar o estado de saúde e monitores de saúde ultrafinos e flexíveis.
O algodão parece mesmo estar em alta junto à alta tecnologia. Há poucos dias, pesquisadores construíram um biochip com linha de costura, feito com agulha de costura e fios de algodão, capaz de realizar exames de laboratório.
Ind. Têxtil em Santa Catarina
A indústria têxtil e do vestuário emprega 155 mil trabalhadores nos 8,3 mil estabelecimentos situados no estado. A atividade tem uma participação de 16% na indústria do estado levando em consideração o valor da transformação industrial. Santa Catarina é o segundo pólo têxtil e do vestuário do Brasil e o maior produtor de linhas para crochê e fitas elásticas da América Latina. O setor também se destaca na produção de artigos de cama, mesa e banho.
domingo, 3 de abril de 2011
Brasil tem déficit de US$ 3,5 bi com têxteis
Setor quer convencer governo a adotar medidas que reduzam invasão de produtos asiáticos; rombo pode chegar ainda este ano a US$ 6 bilhões.
A indústria têxtil e de confecção quer convencer o governo a adotar medidas que reduzam a invasão de produtos asiáticos no mercado nacional. A preocupação maior é evitar que o desempenho comercial do setor sofra um novo baque, depois do déficit recorde registrado no ano passado.
"Não podemos entregar de forma ingênua o mercado interno para países que gozam de todos os tipos de subsídios que existem na face da terra", defende Aguinaldo Diniz Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).
No ano passado, a balança comercial da indústria têxtil amargou déficit de US$ 3,5 bilhões. Pelos cálculos feitos pela Abit, se nada for feito, o rombo pode chegar este ano a US$ 6 bilhões. "O setor não está pedindo proteção ou ajuda, pelo amor de Deus", diz Diniz Filho. "Queremos competir de forma igualitária, mas eles têm uma metralhadora e eu tenho um canivete, e os árbitros entendem que essa competição está correta."
O que chama atenção da Abit é a velocidade da deterioração do saldo comercial. Em 2005, a entrada de produtos têxteis no mercado local, vindos de países como a China, ainda não tinha alcançado o volume atual e o setor conseguiu fechar o ano no azul. Desde então, os saldos anuais não saíram mais do vermelho.
"Temos de ficar atentos com a rapidez dessa tendência", pondera o executivo. O comportamento das importações no início deste ano reforça os temores da associação. Somente em fevereiro, a compra de têxtil confeccionado no exterior ficou 42% acima do registrado no mesmo período do ano passado.
"Precisamos ter um senso de urgência e começar a discutir defesa comercial. A falta disso está solapando a indústria de transformação brasileira", lamenta Diniz Filho. O setor têxtil e de confecção no Brasil é formado por 30 mil empresas, que empregam 1,7 milhão de pessoas. Em 2010, os investimentos do segmento somaram US$ 2 bilhões.
Frente parlamentar. A Abit acredita que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, está "consciente" dos problemas que afetam o setor e aposta numa postura "proativa" do ministro. Diniz Filho pondera que a estrutura do Departamento de Defesa Comercial (Decom) é insuficiente para encarar os problemas que o País enfrenta nesta área e que tendem a aumentar à medida que a corrente de comércio do País com o mundo se ampliar. "Lá dentro do ministério tem 18 pessoas trabalhando no departamento. Nos Estados Unidos, eles têm 1,5 mil pessoas", compara.
Para ampliar a lista de aliados, a Abit lançará na próxima semana uma frente parlamentar para agregar apoio dentro do Congresso. Na Câmara, a frente será liderada pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS). No Senado, essa posição deve ser exercida pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC).
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